Ixillium - A Extinção

Por Everson Peneluc

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Capitulo IV – A Ordem dos 10 e as Profecias.


Parte I - Introdução

                Os atos do meu irmão tornavam-se cada vez mais inexplicáveis. À medida que o tempo passava, Ele mostrava-se arrogante, prepotente, soberano e poderoso. O seu governo tornava-se pouco a pouco uma ditadura. O governo começava a censurar as religiões e qualquer tipo de critica feita pelo povo era encarada como ato de terrorismo. O ambiente era de muita tensão, mas ainda assim, eram poucos os que estavam insatisfeitos. O mundo estava em paz, o estado financeiro das nações estava em ordem, apesar de toda a dependência aos Estados Unidos. Mesmo com toda a censura imposta pelo governo, as sociedades tinham aplicações de alta qualidade em saúde e educação, e todos tinham uma ótima estrutura e conforto para viver. O mundo estava “muito bem”, mas todos temiam uma nova crise por conta da pressão vinda dos governos dos estados menores para obter o direito de governar sem dependência de volta.
                As ameaças tornavam-se cada vez mais constantes. Meus pais tinham muito medo de sair nas ruas por causa de todas as coisas que vinham acontecendo. A segurança era cada vez mais fortificada na Casa Branca e onde quer que o meu irmão fosse. Alguns países estavam tentando se rebelar. Queriam de volta o poder de governar seus países sem ter que depender da força maior do Presidente Alex Benington. Pequenas discórdias começavam a aparecer e o mundo percebia cada vez mais que a paz era muito instável, e que apesar do forte governo imposto pela presidência dos Estados Unidos aos demais países ser um sucesso, todos queriam a liberdade de ir e vir sem dever satisfações ao governo do mesmo. Porém, todos tinham medo de se rebelar contra uma nação poderosa e blindada. Os países não tinham armamentos suficientes para encarar uma guerra, tinham medo das outras nações ajudarem os Estados Unidos para ter credito com o mesmo. E o principal: as populações estavam expostas a um massacre caso houvesse o menor indicio de guerra, graças à exposição que o país sofreu e sofria todos os dias por causa da velocidade das informações e à globalização. O ambiente em Washington era de tensão, a casa branca vivia rodeada de seguranças, pois o governo temia atentados contra a família da presidência e obviamente contra o presidente.
Os dias passavam e eu era torturado pelo tédio e por toda aquela formalidade e segurança. Eu já não tinha mais privacidade. Para todo lugar que eu ia, havia um segurança me acompanhando, não importa se era pro meu quarto, banheiro, faculdade ou algum outro lugar, ele estava sempre lá fazendo o seu papel. O seu nome era Neil W. Alexanderson. Ele era forte, postura perfeita, negro, aparentando ter 1,90 de altura, porém, sua face demonstrava sempre tranqüilidade, era de um sorriso sincero e aparentava ser muito leal e fiel a tudo que fazia, inclusive cuidar de mim. Pouco a pouco fui me tornando amigo dele. Logo ele havia conquistado a minha confiança e passou a ocupar o lugar vago que o meu irmão havia deixado. Passou a ser meu amigo, companheiro, e sempre estava me dando conselhos e me fazendo enxergar o lado bom de tudo àquilo que estava acontecendo.
Certo dia conversando com Neil, comecei a desabafar sobre tudo o que estava acontecendo, sobre a mudança no comportamento do meu irmão, sobre a frieza. Eu disse que tudo isso era por conta do seu mandato a presidência, desejava que o mandato terminasse e que tudo voltasse a ser como era. Mas Neil me disse que não acabaria, ele havia dito que aquilo tudo que estava acontecendo era apenas o começo e que eu me preparasse pro que estava por vir. Eu fiquei muito inquieto com o que ele havia me dito e perguntei se ele sabia de algo que eu não sabia, achava que por Ele ser segurança pessoal da família do Presidente poderia saber de algo, mas tudo o que ele me disse foi: “Você mais do que eu sabe o que está prestes a acontecer”. Eu não entendi naquele momento o que ele havia me falado, mais aquilo não saía da minha cabeça, era como uma ferida que era magoada a todo instante intencionalmente.
No dia seguinte, estávamos indo a faculdade. Eu estava um pouco distante e muito sério, ainda estava tentando destilar coisa por coisa e decifrar tudo o que estava acontecendo. Eu estava reunindo às informações e tentando descobrir o que de fato estava acontecendo, mas era difícil compreender tudo aquilo. Eu era pequeno, nem sabia por onde começar. Enquanto estava dirigindo Neil me disse algo que me deixou ainda mais confuso e perdido: “O tempo está passando e talvez você não veja, mas tudo é muito óbvio e claro”.
O fato é que no fundo eu sabia que ele estava me dizendo algo importante, mas era difícil, confuso e intrigante. Era sombria a forma com a qual ele dirigia as palavras e a forma com a qual falava. Já na faculdade, eu ainda andava com os pensamentos distantes e tentando entender tudo aquilo, meu olhar era o olhar de uma pessoa perdida e aflita, tentando encontrar o caminho de volta. Andava, mas era como se estivesse com meus olhos fechados, eu não via nada a minha volta. Foi quando tombei em alguém e recuperei os meus sentidos. Então me dei conta que ela estava ajoelhada no chão, reorganizando toda a bagunça que eu havia causado, havia uma quantidade exagerável de livros no chão, papeis por todos os lados. Nós éramos amigos de classe desde que eu cheguei à faculdade. Fazíamos o mesmo curso, História. Ficamos muito amigos quando fizemos a nossa primeira pesquisa de campo sobre os Incas. Ela era incrível, apesar de exagerável era explicável aquela quantidade de livros, tanto eu como ela levávamos muito a sério o que fazíamos, porém, eu era um desleixado. Já ela... ela era dona de uma beleza incrível para uma nerd. Tinha belos cabelos longos e negros, olhos azuis com um leve tom de cinza, sua pele era alva como a primeira neve do inverno, seu corpo era delicado e ao mesmo tempo perfeito, lábios rosados. Seu nome era Raphaela De Gracielle. Foi quando me toquei e comecei a ajudá-la, ela sorria e pedia desculpas por ter tombado em mim. Quando arrumamos toda aquela bagunça pedi pra que ela me acompanhasse até a biblioteca.

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