Ixillium - A Extinção

Por Everson Peneluc

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Código das Trevas - Introdução


Meu nome é Aaron Benington, tenho 23 anos de idade e acredite, você não gostaria nem um pouco de ser eu!
Pouco tempo antes de estar aqui eu fui rendido e preso por supostos homens do governo ditador de um tirano. Digamos que eles possuíam informações supostamente confidenciais que eu queria tornar públicas. Fui transportado a um lugar que não sei onde é, pois estou vendado. Logo em seguida, eu e com certeza muitos homens, fomos levados de avião a algum lugar do mundo e nesse exato momento estou prestes a ser torturado junto com eles. Com toda a certeza morrerei. Morrerei como um mártir. Pouco me importa que isso aconteça comigo, pois, estarei pagando pelos meus erros e pela minha falta de compreensão. Na verdade eu me sinto digno de morrer da forma que morrerei. Digno como os pastores da Igreja primitiva. Digno como os que estão me apoiando e que com certeza ainda irão morrer como eu. Digno como Jesus.
 Algumas horas depois as vendas são retiradas dos meus olhos, com a visão ainda turva e um pouco perturbado tento me orientar. Com a visão já restaurada observo tudo ao meu redor e percebo que uma fuga é impossível! Estou num lugar que a meu ver se parece com uma fábrica abandonada em algum lugar do mundo. As janelas com certeza foram todas pintadas há pouco tempo, pois ainda sinto o cheiro de tinta fresca e um cheiro insuportável de gás tomando conta do meu juízo me levando a ter fortes dores de cabeça náuseas e um enjôo que muito me incomoda. O chão está um pouco sujo de tinta que se mistura a algo que se parece areia, mas ao observar bem a fábrica, é algum tipo de limalha de ferro ou alguma outra espécie de pó. Vejo que as portas estão todas fechadas, algumas luzes estão queimadas entrando em curto e outras acesas, o que da a verdadeira impressão de que um filme de terror irá de fato acontecer. Estou algemado e junto comigo estão mais trinta pessoas, pessoas que não conheço mais que estão ali pelo mesmo motivo que eu, um motivo simples mais que para aqueles homens eram motivo suficiente para incomodar o seu superior. Acreditávamos estar vivendo o fim dos tempos.  
Obviamente a minha história não começa aqui, embora eu acredite que terminará aqui. Ela começa exatamente quando o mundo entrou no caos, uma loucura e uma crise financeira inexplicável e inúmeros desaparecimentos de pessoas, desde pessoas da mais alta sociedade como as mais simples, que a mídia acobertou e até hoje, não se tem uma explicação lógica. O mundo de hoje é um mundo diferente do de ontem, se é que vocês me entendem. Estamos vivendo uma ditadura onde um lobo usa pele de cordeiro e esconde a sua verdadeira face. Uma ditadura onde um governo tem auto-suficiência e poder para comandar o mundo inteiro. Alguns o chamam de Salvador, outros e poucos o chamam de Anti-Cristo. A verdade é que eu fui um dos muitos que o chamava de “salvador”. Ele costuma se chamar de Eu Sou, algo visto a todo o tempo na Bíblia e mais precisamente no Velho Testamento quando Deus se intitula de o Grande Eu Sou. Uma história manchada com o sangue de inocentes começa a ser escrita por um tirano em todo o mundo e acreditem que mesmo prestes a morrer eu sou o único homem que possui toda a verdade em mãos e por isso prefiro morrer como mártir a me sujeitar a algo tão baixo.